HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES

Info

Apoio e referências para as aulas de História da Cultura e das Artes (HCA).

Caracterização da Disciplina

A disciplina de História da Cultura e das Artes insere-se na componente de formação específica dos Cursos Científico-humanísticos de Artes Visuais e na formação específica dos cursos profissionais de nível 4 (ensino secundário). O presente programa procura consagrar essa perpétua e fundamental interação entre as artes e a cultura ou entre a cultura e as artes, consoante a perspetiva que se adopte na abordagem da questão. E foi por isso também que se procurou favorecer uma abordagem não hierárquica, mas essencialmente dinâmica e transversal dessa interação.

Competências

Propositadamente, e no intuito de contribuir de outro modo para o esclarecimento das categorias analíticas do Tronco Comum, os objetivos gerais da disciplina foram elaborados a partir desses indicadores que se denominam "Tempo", "Espaço", "Biografia", "Local", "Acontecimento", "Sínteses" e "Casos Práticos".

  • Situar cronologicamente as principais etapas da evolução humana que enquadram fenómenos culturais e artísticos específicos. (Tempo);
  • Reconhecer o contexto geográfico dos diversos fenómenos culturais e artísticos.(Espaço);
  • Compreender a ação individual como determinante na apreciação dos diversos processos históricos, culturais e artísticos (Biografia);
  • Valorizar o local como cruzamento de múltiplas interações (culturais, políticas, económicas ou sociais). (Local);
  • Relacionar um tempo breve, de natureza especialmente marcante, com o contexto em que se inscreve. (Acontecimento);
  • Identificar os elementos estruturantes que caraterizam a singularidade da cultura de cada época. (Sínteses);
  • Reconhecer o objeto artístico como produto e agente do processo históricocultural em que se enquadra. (Casos Práticos).

Módulo inicial:

Concebido como módulo introdutório ou de motivação.

  • Casos práticos;
  • As Artes Visuais;
  • As origens da arte: o útil e o belo;
  • A arte enquanto discurso;
  • As disciplinas artísticas;
  • As técnicas artísticas;
  • O vocabulário artístico;
  • O mito da originalidade: o artista e a criação.

Módulo 1: Cultura da Ágora

  • Tronco Comum;
  • A arquitetura grega;
  • A escultura grega;
  • A cerâmica e a pintura.

Módulo 2: cultura do Senado

  • Tronco Comum;
  • A arquitetura romana;
  • A escultura romana;
  • A pintura e o mosaico.

Módulo 3: A Cultura do Mosteiro

  • Tronco Comum;
  • A arquitetura românica;
  • A escultura românica;
  • As artes da cor: pintura, mosaico, iluminura;
  • A Europa sob o signo de Alá.

Módulo 4:A Cultura da Catedral

  • Tronco Comum;
  • A arquitetura gótica;
  • A escultura gótica;
  • A Itália e a Flandres;
  • O gótico cortesão;
  • Ainda sob o signo de Alá.

Módulo 5: A Cultura da Catedral

  • Tronco Comum;
  • A pintura renascentista;
  • A arquitetura renascentista;
  • A escultura renascentista;
  • O(s) Maneirismo(s);
  • A Europa entre o Renascimento e o Maneirismo.

Módulo 6: A Cultura do Palco

  • Tronco comum;
  • A arquitetura barroca;
  • A escultura barroca;
  • A pintura barroca.

Módulo 7: A Cultura do Salão

  • Tronco comum;
  • A Arte Rococó;
  • A Arte Neoclassica.

Módulo 8: A Cultura da Gare

  • Tronco comum;
  • A Arte do séc. XIX;
  • O Romantismo;
  • A Arte ao redor de 1900.

Módulo 9: A Cultura da Cinema

  • Tronco comum;
  • A Arte do séc. XX;
  • O Modernismo;
  • A grandes ruturas na Arte.

Módulo 10: A Cultura do Espaço Virtual

  • Tronco comum;
  • A Arte depois da década de 60, do séc XX;
  • A Arte Contemporânea;
  • A Arte num mundo digital.

Programa da Disciplina

Programa da disciplina

Planificação anual

Planificação anual 11º Ano do Curso Profissional Técnico de Design Gráfico.
MÓDULO 1:
A Cultura da Ágora

Apresentação

A Ágora é assumida como marco, a um tempo físico e simbólico, da civilização helénica e da sua organização política e social, perspetivada na sua materialidade cultural e estética, com especial enfoque no caso ateniense.

Objetivos de Aprendizagem

  • Relacionar uma obra arquitetónica - o Estádio Municipal de Braga - com as artes do jogo e a dignificação do corpo;
  • Avaliar o impacto dos espaços públicos na vida quotidiana ateniense;
  • Analisar a importância da ação individual nos diversos contextos da época;
  • Identificar pontos de contacto entre a vida quotidiana do presente e a ateniense;
  • Refletir sobre a construção política da sociedade helénica;
  • Analisar o contributo do arquiteto, do ceramista e do autor de teatro na transformação e documentação do mundo grego;
  • Estabelecer a relação entre arte, técnica, harmonia e proporção.

Conteúdos

  • Século V a.C. O século de Péricles.
  • Atenas: A polis.Um olhar sobre a planta de Atenas. O mar e o Porto.
  • O Grego Péricles (c. 500-429 a.C.): O que se sabe da sua vida? Democracia e representação. Péricles e a consolidação da democracia.
  • A Ágora: Um espaço público da cidade. Os homens da ágora. Conversar: do comércio e fazer político à razão.
  • A Batalha de Salamina (480 a.C.): Os exércitos em presença. Porque se chegou à batalha? As políticas imperialistas. O significado da batalha.
  • A organização do pensamento: O mito, os sentimentos, as virtudes e a razão. Lógica racional e antropologia. A “razão”, para Aristóteles e Platão.
  • O Parthenon e Athena Niké: Descrição do Parthenon e do templo de Athena Niké. As normas das ordens. A arquitetura e as ordens.
  • O diálogo entre o coro (kommos, lamentação) e Xerxes depois da fala da Rainha nos Persas de Ésquilo (525-456 a.C.):O estádio e o teatro. A tragédia e a comédia. Conteúdos e técnicas nos Persas de Ésquilo.
  • O vaso de Pronomos (cerâmica de figuras vermelhas, 410 a.C.): A representação de atores e músicos: máscaras e trajes.
  • A arquitetura grega: O Parthenon e o templo de Athena Niké e as ordens arquitetónicas como sistema racional de construção. A herança pré-helénica (do Neolítico às civilizações pré-clássicas): das primeiras técnicas de construção à capacidade de projetar no espaço e representar conceitos. As origens da arquitetura grega. O nascimento das ordens e a busca da harmonia e da proporção. Arte e ciência. O século IV e o novo sentido ornamentista. Do Império de Alexandre à arquitetura das cortes helenísticas: retórica e monumentalidade. A Acrópole como síntese da arquitetura grega. Principais edifícios e núcleos arquitetónicos. A casa grega. A Grécia, berço do urbanismo ocidental.
  • A escultura grega: O Homem em todas as suas dimensões. O friso do Parthenon (A Procissão das Panateneias) como expoente do ideal plástico da 1.ª idade clássica. A herança pré-helénica e a escultura arcaica. Do estilo severo aos primeiros clássicos. Da 2.ª idade clássica à escultura helenística.
  • A cerâmica e a pintura: Uma arte menor? A cerâmica, arquivo de imagens da civilização grega. Do estilo geométrico à emergência da representação humana. A cerâmica de figuras negras e a de figuras vermelhas. A decadência da cerâmica. A divulgação da pintura a fresco e o refinamento da vida doméstica.

Apresentações

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Orientaçoes para o trabalho de módulo

Testes de avaliação

MÓDULO 2:
A Cultura do Senado

Apresentação

O Senado é entendido como centro emanador da Lei, que, por seu lado, surge como elemento modelador do Império Romano enquanto entidade jurídico-política, materializada na arquitetura que uniformiza o território. Ao mesmo tempo, o Senado é o símbolo de uma forma de estar e de entender o mundo, onde o ócio se converte num valor cultural.

Objetivos de Aprendizagem

  • Relacionar a fotografia de Sebastião Salgado com a Lei enquanto construção teórica e padrão de referência de igualdade e desigualdade;
  • Analisar o urbanismo e os principais edifícios de Roma como materialização da sociedade romana;
  • Avaliar a importância da acção individual na construção do império romano;
  • Identificar na civilização romana as estruturas do poder e do bem-estar;
  • Analisar o contributo do escultor, do pintor e do arquitecto - engenheiro na edificação dos espaços;
  • Justificar o papel comemorativo, utilitário e ornamental das artes.

Conteúdos

  • Caso prático inicial: Escadas nas minas de ouro de Serra Pelada. Brasil, 1986, fotografia de Sebastião Salgado (1944 -);
  • Século I a.C. / d.C. O século de Augusto.
  • Roma: A planta da urbs. Ruas, praças, templos, casas, os banhos, o Coliseu. O modelo urbano no Império.
  • O romano Octávio (63 a.C.-14 d.C.): Octávio, uma dinastia que chega ao poder. Ser romano e imperador. As realizações de Octávio.
  • O Senado: A lei, da República ao Império. Os senadores e o cursus honorum. A retórica.
  • O Incêndio de Roma (64) por Nero (54-68): Porquê incendiar Roma? A Roma e os romanos que arderam. Nero, o herói do incêndio.
  • O ócio: Os tempos do lúdico. Os jogos do Circo. A preocupação com as artes.
  • A Coluna de Trajano (98-117): A função comemorativa das colunas. A narrativa da Coluna de Trajano. Uma linguagem escultórica.
  • Frescos de Pompeia (79): O cataclismo de Pompeia. Habitações com cor e imaginação decorativas. Os conteúdos dos frescos.
  • Anfiteatro Flávio, Roma (in. 72 d.C.): Arquitetura, ócio e espetáculo. A gestão das multidões. Da técnica à forma. O Anfiteatro Flávio como espaço retórico;
  • A arquitectura romana:A Coluna de Trajano como símbolo do sentido monumental e comemorativo da arquitetura romana. A síntese romana dos patrimónios arquitetónicos etrusco e grego. Carácter da arquitetura romana: a utilidade e a grandiosidade. Os avanços tecnológicos. A utilização retórica da matriz helénica. Arquitetura e obras públicas. O Forum como síntese da arquitetura e da civilização romana. Principais edifícios e núcleos arquitetónicos. As variantes da casa romana. O urbanismo como materialização do Imperium.
  • A escultura romana: O Homem enquanto indivíduo. O friso da Coluna de Trajano (As campanhas da Dácia) como expoente do sentido comemorativo da escultura romana. A herança etrusca. Carácter da escultura romana: individualismo, realismo e idealização. O retrato como género.
  • A pintura e o mosaico: A vida enquanto forma de arte. Os Frescos de Pompeia como documento do cultivo do luxo na vida doméstica. A construção da ilusão arquitetónica. Primeiros ensaios da representação perspetivada do espaço. A arte do mosaico.

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MÓDULO 3:
A Cultura do Mosteiro

Apresentação

O Mosteiro compreendido na sua autarcia como síntese simbólica, não apenas da nova atitude espiritual (a cidade de Deus), mas também da ruralização e da fragmentação política e administrativa em que mergulha a Europa medieval. Deve igualmente compreender-se o Mosteiro como rede definidora, na sua geografia, do próprio processo de cristianização do continente, bem como de repositório da cultura e dos mitos do próprio romanismo decaído.

Objetivos de Aprendizagem

  • Relacionar a coreografia Annonciation de Preljocaj com a arte enquanto veículo de expressão do misticismo religioso:
  • Compreender o papel desempenhado pelo movimento monástico na construção do mundo medieval;
  • Analisar as relações de poder entre a Igreja e a Monarquia enquanto factor de construção da sociedade medieval;
  • Justificar a importância do livro e da escrita na acumulação e conservação do saber e do poder;
  • Avaliar o modo como o Músico e o Iluminador colocam a sua arte ao serviço da glória de Deus;
  • Compreender as artes visuais enquanto veículo de um discurso teocêntrico.

Conteúdos

  • Annonciation (1995) de Preljocaj (1957-) A coreografia Angelin Preljocaj convida-nos a mergulhar na profundidade do mistério de um tema religioso, a “Anunciação”: o mais sublime dos anjos foi enviado dos céus para anunciar a encarnação do verbo a Maria. Maria foi convidada a conceber “corporalmente a plenitude da divindade”.
  • Séculos IX-XII: Da reorganização cristã da Europa (Christianitas) ao crescimento e afirmação urbanos;
  • A Europa dos Reinos Cristãos A Christianitas. As fronteiras dos reinos cristãos. Geografia monástica da Europa;
  • O cristão São Bernardo (1090-1153): O que se sabe da vida de São Bernardo. Um monge no mosteiro. O cristianismo monástico;
  • O mosteiro Uma vida própria, com domínio do tempo e do espaço. A autosuficiência monástica. O campo e as letras;
  • A coroação de Carlos Magno (800) O imperador do Ocidente, Carlos Magno. Vida e feitos de Carlos Magno. O modelo de imperador cristão;
  • O poder da escrita: Scriptorium, livraria e chancelarias. As palavras que se transformam em letras e frases. A iluminura: outra forma de escrita;
  • Canto Gregoriano: da missa, um Gradual e um Kyrie; da liturgia das horas, uma Antífona com versículo salmódico. Cantar a horas certas. O canto e a liturgia. Um canto a uma só voz;
  • São Pedro de Rates: A arquitetura. Simplicidade, rudeza e mensagem. São Pedro de Rates na Christianitas;
  • Livro de Kells (800 d.C.), Irlanda: “Iluminar” como forma de oração. O Livro de Kells como expoente do processo de cristianização da Europa e síntese de culturas;
  • A arquitectura românica: O mosteiro cluniacense de S. Pedro de Rates, como símbolo da ruralização e feudalização da Europa românica e da sua característica diversidade regional. Dos primórdios da arquitectura cristã à arquitetura bizantina: a importância da matriz antiga. Os renascimentos carolíngio e otoniano. A viragem do milénio, as novas rotas de peregrinação e a afirmação das ordens monásticas. A hegemonia da arquitetura religiosa. Formas de vida: o castelo e o mosteiro. Da recuperação das técnicas antigas à crescente complexidade dos sistemas construtivos. Os grandes centros difusores. Unidade e diversidade do românico. O românico em Portugal;
  • A escultura românica Os poderes da imagem. O portal de S. Pedro de Rates como expoente do carácter da escultura românica. Os primórdios da escultura medieval: da arte paleocristã à arte dos invasores. Bizâncio e a ourivesaria carolíngia. A estrita dependência arquitectónica da escultura românica. O portal e o claustro como roteiros de ascese;
  • As artes da cor: pintura, mosaico e iluminura O refúgio do esplendor. O papel da cor no templo românico. Dos primórdios da pintura cristã à arte paleocristã e ao triunfo do mosaico parietal. Carácter e evolução do mosaico bizantino. A sacralidade do códice. Da iluminura carolíngia às oficinas monásticas. Da iluminura pré-românica à iluminura românica;
  • A Europa sob o signo de Alá Um Deus conquistador. A arte muçulmana em território europeu. A Península Ibérica e a Sicília. O Islão, ponte entre a Antiguidade e o Ocidente. A arquitetura áulica e religiosa e a decoração arquitetónica. A arquitetura militar. As artes ornamentais. A arte moçárabe.

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MÓDULO 4:
A Cultura da Catedral

Apresentação

A Catedral enquanto símbolo de uma Europa que reflui nas cidades. Por força da actividade económica dos seus habitantes, mas também dos poderes aí sedeados (eclesiásticos, políticos, corporativos) e a despeito do quadro depressivo sobre o qual se movem (ou por isso mesmo), as cidades buscam na cultura, na ciência e nas artes os mecanismos da sua própria e mútua afirmação.

Objetivos de Aprendizagem

  • Relacionar o painel de Vieira da Silva / Cargaleiro com a cidade enquanto organismo em crescimento;
  • Perspetivar a cidade, as suas artérias, praças e edifícios, enquanto representação da mundividência das gentes dos burgos;
  • Avaliar a importância dos letrados na reabilitação da cultura vernácula;
  • Confrontar as permanências da peste e a festividade da cultura cortesã;
  • Analisar o papel do mestre pedreiro e do cronista nas suas relações com a cidade;
  • Analisar o papel das artes visuais na celebração do mundo terreno enquanto metáfora da Criação.

Conteúdos

  • Ville en extension (1970) de Vieira da Silva (1908-1992) e Cargaleiro (1925-) (Painel de azulejos da estação de Metro do Rato, 1997).Passada a azulejo em 1997 por Manuel Cargaleiro — igualmente participante, com Arpad Szènés, na decoração da estação de metropolitano — a composição de Maria Helena Vieira da Silva (ela mesma sugestionada pelo poder gráfico da azulejaria, numa Lisboa entendida como “cidade-azulejo”), datada de 1970, ilustra, sobretudo, o conceito de cidade-rede, de intrincadas imbricações, na sua densa ortogonalidade.
  • Século XII – 1.ª metade século XV Do Renascimento do século XII a meados de quatrocentos.
  • A Europa das Cidades As grandes cidades da Europa. As cidades-porto. A Europa das catedrais e universidades.
  • O letrado Dante Alighieri (1265-1321)Dante, um homem da cidade e das letras. A escrita da Divina Comédia.As novas propostas.
  • A Catedral Bispos e catedrais. A representação do divino no espaço. A catequese: imaginária e vitral.
  • A Peste Negra (1348): A pandemia europeia. Descrição e geografia da Peste Negra. A utilização da Peste Negra: medos, punições e ameaças.
  • A cultura cortesã: O torneio e o sarau. Gentilezas cortesãs e civilidade. As rates cortesãs: do teatro à dança.
  • A Catedral de Notre-Dame de Amiens (1220-1280):As catedrais francesas. A catedral de Amiens. Os modelos e a Europa.
  • Casamento de Frederico III com D. Leonor de Portugal (festas de 13 a 24 de Outubro de 1451), Nicolau Lanckman de Valckenstein: Descrever uma festa na cidade. O casamento: representações e públicos. As artes: da liturgia às ruas.
  • Alegoria do Bom Governo: Efeitos do Bom Governo na Cidade, Ambroggio Lorenzetti, 1337-1340, Siena, Palazzo Pubblico. Arte e política: a importância da pedagogia cívica. A lenta apropriação da perspetiva espacial. Arte e representação.
  • A arquitectura gótica: A Catedral de Amiens como expoente da arquitetura gótica e símbolo da cidade enquanto motor da civilização europeia. Deus é luz: o nascimento do gótico. A revolução da arte de construir. Expansão do gótico no espaço europeu. O vitral como materialização da transcendência. O gótico em Portugal: O manuelino, entre a Idade Média e o tempo novo.
  • A escultura gótica:A humanização do Céu. O portal da Catedral de Amiens como expoente da escultura gótica. A rápida conquista da autonomia da escultura em relação à arquitectura. A renovação iconográfica e a procura do realismo e do naturalismo. Um novo tema: a escultura funerária. O século XV e o culto do expressionismo.
  • A Itália e a Flandres:Gótico e Humanismo. A Itália como centro de novas pesquisas. O caráter essencialmente ornamental da arquitetura gótica italiana e a sua fidelidade à espacialidade românica. Os escultores pisanos e a recuperação da tradição antiga. A procura da simplificação e da monumentalidade na pintura. A revolução pictórica flamenga. As novas técnicas. O particularismo nórdico.
  • O gótico cortesão:O luxo ao serviço do Homem. As cortes principescas como centros de irradiação cultural e estética. O castelo como centro da vida política e social. O mecenato e a cultura cortesã. A iluminura gótica.
  • Ainda sob o signo de AláA materialização do paraíso. A arte dos reinos muçulmanos na Península Ibérica como expoente da civilização islâmica. Dos reinos taifas ao Reino de Granada: da sobriedade das dinastias africanas ao esplendor da arte nasride. O refinamento da arte cortesã. A arte mudejar.

Apresentações

Mapas

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Trabalho Prático

Testes

MÓDULO 5:
A Cultura do Palácio

Apresentação

O Palácio apresentado como o centro simbólico do Estado que emerge e o cenário da actuação do mecenas, ele próprio símbolo de uma nova concepção de poder, materializado na protecção às artes, às letras e às ciências. É onde a apetência pela harmonia das formas e conceitos se contradiz no violento enfrentamento das formas de espiritualidade.

Objetivos de Aprendizagem

  • Relacionar as diversas linguagens na obra de Helena Almeida e a arte como totalidade múltipla;
  • Relacionar a multiplicação de comércios e de poderes que se cruzam no palácio;
  • Percepcionar a autoria do artista e os seus condicionalismos de produção;
  • Compreender as permanências e clivagens sociais;
  • Caracterizar o pintor como o relator privilegiado da sociedade do palácio;
  • Compreender os processos de organização e subversão da representação do real.

Conteúdos

  • Sente-me, Ouve-me, Vê-me, (c.1970). Seduzir. Série de trabalhos de Helena Almeida (1934-): Helena Almeida está entre os artistas portugueses que se afirmaram nos anos 70 e a sua obra situa-se no contexto das chamadas práticas anti-conceptuais que romperam com os processos e formatos mais tradicionais e abriram a cena artística a novas experiências, nomeadamente com a fotografia.
  • 1.ª metade século XV – 1618 De meados de quatrocentos ao início da Guerra dos Trinta Anos.
  • A Europa das rotas comerciais As rotas comerciais das ideias e dos objectos de cultura. Do Mediterrâneo ao Báltico. O Oriente e o Atlântico.
  • O mecenas Lourenço de Médicis (1449-1492): A família Médicis e Florença. Perfil de interesses de Lourenço, o Magnífico. Um Príncipe, um mecenas.
  • O Palácio: O palácio, habitação de elites. Das arquitecturas exteriores ao interior dos palácios. As artes no palácio.
  • O Revolutionibus Orbium Coelestium (1543), de Nicolau Copérnico(1473-1543): Uma “revolução” diferente, com o Sol no centro. Um tratado e a sua história e divulgação. O heliocentrismo.
  • O Humanismo e a imprensa A Antiguidade e a Sagrada Escritura. Os humanistas. O livre-exame.
  • A Anunciação (1475-1578), de Leonardo da Vinci (1452-1519): O pintor Leonardo da Vinci. As novas técnicas e “regras” da pintura. A “Anunciação” sob perspectiva.
  • Fala do Licenciado e diálogo de Todo-o-Mundo e Ninguém. Lusitânia(1532), de Gil Vicente (1465-1536?) (Copilação, versos 390 a 460 e 797 a 866): Fazer teatro na Corte. Uma farsa e uma comédia. Todo-o-Mundo, Ninguém e as outras personagens.
  • Requiem - Introito (1625), de Frei Manuel Cardoso (1566-1650): O rigor técnico da polifonia da Escola de Évora e a expressividade mística nas 6 vozes da Missa dos Defuntos do Mestre da Capela do Convento do Carmo.
  • A pintura renascentista: A Anunciação de Leonardo da Vinci como expoente da pesquisa renascentista sobre a representação das figuras no espaço. A pintura renascentista enquanto exercício intelectual. A pesquisa em torno da representação da perspectiva. Os primórdios da pintura renascentista. A expansão do movimento. Os novos temas: o retrato; o nu; a paisagem. Leonardo da Vinci como expoente da maturidade da pintura renascentista. A captação da dimensão psicológica das personagens: pittura e cosa mentale. Monumentalidade e subtileza. A pintura na viragem do século XVI: Rafael e a escola veneziana.
  • A arquitectura renascentistaA arquitectura como metáfora do universo. A arqueologia e o coleccionismo. As pesquisas de Brunelleschi sobre as regras da composição arquitectónica. A criação de uma arquitectura à antiga. Leon Battista Alberti e a emergência da tratadística. A difusão da arquitectura renascentista: da severidade florentina à arquitectura ornamental. Bramante e Miguel Ângelo: os criadores da arquitectura do Alto Renascimento.
  • A escultura renascentista Entre o gótico e o retorno ao antigo. A lenta emergência da escultura renascentista. A redescoberta dos velhos géneros: o relevo; o retrato; a estátua equestre. A completa autonomização da escultura. Da representação da perspectiva à composição geométrica. A monumentalidade como objecto. Os grandes criadores do movimento: a progressiva intelectualização da escultura renascentista. Miguel Ângelo e a exacerbação da pesquisa anatómica.
  • O(s) Maneirismo(s): Da regra à transgressão. O século XVI: crise de valores e individualismo. A arte de Rafael e Miguel Ângelo e a emergência dos primeiros sinais de tensão. O anti-classicismo e a subjectividade como objecto. Pintura, arquitectura e escultura.
  • A Europa entre Renascimento e Maneirismo Europa renascentista ou Europa maneirista? A resistência gótica e a lenta difusão da matriz italianizante no continente europeu. A França, os Países Nórdicos e a Península Ibérica. Renascimento e Maneirismo em Portugal. O Maneirismo: primeiro movimento estético pluricontinental.

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Jogos

Trabalho Prático

Teste

MÓDULO 6:
A Cultura do Palco

Apresentação

O Palco como símbolo e metáfora de uma sociedade centrada na festa, no cerimonial e na representação. No palco, a deliberada sedução dos sentidos oculta uma rigidez conceptual que encontra o seu corolário, tanto nas conquistas da revolução científica, como na violência da guerra, onde se sublimam as redes de domínio.

Objetivos de Aprendizagem

  • Analisar um espectáculo através de uma noção contemporânea de palco e de interacção performers - público;
  • Compreender a dimensão cénica da Corte;
  • Comparar a concepção contemporânea de palco com a dimensão cénica da Corte;
  • Relacionar o rei absoluto, o actor senhor do palco e o artista plástico na construção da celebração do poder;
  • Analisar o poder do rei na sua relação com a organização sociocultural;
  • Compreender as dimensões assumidas pelo actor, o músico, o dançarino e o encenador;
  • Compreender o sentido interactivo das artes visuais na criação de um discurso pedagógico e celebrativo.

Conteúdos

  • La Fura dels Baus (início c.1980), Don Quijote Grupo eclético que reúne profissionais de diversas áreas artísticas e que propõe uma dimensão performativa particular, baseada na procura de novas formas de expressão e de relação com o público.
  • 1618-1714: Do início da Guerra dos Trinta Anos ao final do reinado de Luís XIV.
  • A Europa da Corte: A Corte nos palácios das cidades. A Corte junto às cidades. O modelo Versailles.
  • O Rei Sol Luís XIV (1638-1643-1714): O Rei da afirmação do poder autocrático. Luís XIV e o investimento na Corte de Versailles. Um Rei, um cerimonial, uma França hegemónica na Europa.
  • O palco Os palcos: a Corte, a Igreja, a Academia. O palco do teatro e da ópera. O palco enquanto local de espectáculos efémeros.
  • O Tratado de Utrecht (1713) A finalização das guerras. Um congresso de embaixadores e um tratado de paz. A nova geografia da Europa.
  • A Revolução científica A razão e a ciência. O método. A experimentação.
  • Le Bourgeois Gentilhomme (1670) de Molière (1622-1673) e de Lully (1632-1687): La cérémonie Turque. A fusão das artes: teatro, música e dança. O teatro com Molière. O espectáculo do teatro, no teatro.
  • Palácio-convento de Mafra (1717-1730/1737) Um palácio e um convento. A arquitectura do Real Edifício. Uma obra de arte total pela mão do Rei.
  • Trono de S. Pedro, Gianlorenzo Bernini, Roma, Basílica de S. Pedro(1657-66). O trono como alegoria da Monarquia Pontifícia e corolário das intervenções de Bernini na Basílica de S. Pedro. O Barroco romano: emoção e piedade. O conceito de “obra de arte total”.
  • A arquitectura barroca O Real Edifício de Mafra como expoente da eficácia da arquitectura barroca na materialização de uma ideia de poder. O sentido do Barroco: um gosto, mais que um estilo. Razão e emoção; gravidade e majestade. A sedução dos sentidos e a teatralidade. O poder da matéria. O conceito de obra de arte total. As origens do movimento: Roma Triumphans. Os criadores do Barroco. A Itália barroca.
  • A escultura barroca Sob o signo do pathos. A criação da escultura barroca. O papel de Bernini: dinamismo e abertura da composição; a exacerbação do expressionismo.
  • A pintura barroca A luz, personagem central da pintura barroca. Caravaggio e os “caravaggistas”. A pintura de tectos.
  • O caso francês A oposição Barroco-Classicismo na França do Rei-Sol, mito ou realidade? A glorificação pela razão. O papel das academias. Arquitectura e escultura. A pintura, refúgio do Barroco.
  • Da Europa para o mundo Barroco ou barrocos? A difusão do movimento no continente europeu e a sua expansão nos domínios portugueses e espanhóis. O Barroco na Europa Central e nos Países Nórdicos. Os pintores flamengos e holandeses. O Barroco em Portugal e Espanha. Aculturação e miscigenação: o Brasil.

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MÓDULO 7:
A Cultura do Salão

Apresentação

O Salão é entendido como centro simbólico do ambiente sociocultural onde, entre a frivolidade galante e o racionalismo crítico, se leva a cabo a dissolução do Antigo Regime e de onde emerge a nova ordem revolucionária e retórica, sob o influxo (pré-romântico) da ressurreição dos valores antigos.

Objetivos de Aprendizagem

  • Compreender diferenças históricas de comunicação, dos pictogramas às orações académicas e conversas de salão;
  • Comparar o poder nos espaços monárquicos e a sua crítica e inversão no pensamento dos salões;
  • Compreender o philosophe enquanto criador de ideias de mudança;
  • Analisar a construção teórica de um modelo social;
  • Explicar as novas sociedades de poder: o philosophe, o ministro, o urbanista;
  • Compreender as artes visuais nas suas relações com a cultura galante e o racionalismo.

Conteúdos

  • Projecto de sinalização e comunicação do recinto da EXPO 98 Procurando orientar durante a EXPO 98, em espaço fechado e efémero, públicos em busca de fruição lúdica e cultural, mas ciente da perdurabilidade da comunicação exterior em tempo posterior, a equipa de criação da sinalética procurou desenhar pictogramas simples e de leitura imediata, resultantes de repetições lógicas de elementos descritivos de "senso comum".
  • 1714-1815 Da morte de Luís XIV à batalha de Waterloo.
  • Da Europa das Monarquias à Europa da Revolução.
  • O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). O filósofo enquanto pensador e influenciador. Repercussões políticas e educativas da sua obra.
  • O Salão. Novo espaço de conforto e intimidade. O seu contributo para a divulgação das “línguas vivas”, do pensamento e da acção. O papel dinamizador da mulher culta.
  • A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789). A proclamação de valores como “liberdade”, “igualdade” e “fraternidade” anunciavam um tempo novo.
  • As Luzes As rupturas culturais e científicas: “ousar saber” e “ousar servir-se doseu intelecto”.
  • Le nozze di Figaro – finale (1786), W. A. Mozart (1756-1791), (c.15m) (versão em DVD). Materialização da ideia de igualdade social, posteriormente aclamada pela Revolução Francesa.
  • O urbanismo da Baixa Pombalina (1758-…) – Planta de Eugénio dos Santos para a reconstrução de Lisboa. Expoente do racionalismo iluminista, também na organização do espaço urbano.
  • La Mort de Marat (1793), David (1748-1825). Monumentalidade e ordem na criação de um ícone da Revolução.
  • A estética do Iluminismo O projecto de Eugénio dos Santos para a Reconstrução da Baixa de Lisboa como expoente do racionalismo iluminista. A paulatina desestruturação do universo barroco. O papel erosivo da decoração Rococó: tolerância, liberdade, irreverência e intimidade.
  • A intimidade galante O sentido da festa. O Rocócó, uma estética de interior. O regresso à natureza e a emergência da decoração rocaille. O papel pioneiro de França e das artes ornamentais. A expansão do Rococó: arquitectura, escultura e pintura.
  • Da Europa para o Mundo Rococó ou Barroco em novas vestes? A dialéctica Barroco/Rococó em Portugal e Espanha. O Rococó americano: o caso do Brasil.
  • O regresso à ordem Um mundo novo. O Neoclassicismo como expressão do triunfo das concepções iluministas. Arte e revolução. A Antiguidade como objecto. Da França para o mundo: arquitectura, escultura e pintura. O Neoclassicismo em Portugal.

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MÓDULO 8:
A Cultura da Gare

Apresentação

A Gare é entendida como espaço-metáfora de uma nova rede de relações transnacionais, possibilitada pelas inovações técnicas e geradora de novos sentidos de espaço/tempo, onde se entrecruzam, em aparente contradição, sonhos e utopias.

Objetivos de Aprendizagem

    • Relacionar o fazer musical de Emannuel Nunes e a manipulação da técnica ao serviço do Homem;
    • Analisar o contributo do ferro e do progresso técnico para as transformações sociais e culturais;
    • Compreender a importância da acção individual na revolução técnica, e nos movimentos utópicos, nacionalistas e sociais;
    • Compreender o papel do homem oitocentista na sua relação com a técnica, a natureza e a História;
    • Reconhecer o estatuto intelectual do engenheiro e do músico;
    • Compreender o papel das artes visuais entre a ilustração do sonho e a captação do real.

Conteúdos

  • Lichtung II (1995-6), Emmanuel Nunes (1941-). Ensemble Intercontemporain. Direcção Jonathan Nott. Ircam. A obra Lichtung II de Emmanuel Nunes serve para exemplificar uma linguagem mais hermética, característica da herança avant-garde do século XX. Trata-se igualmente de uma obra recente, de um compositor português de referência mundial na cultura musical contemporânea.
  • 1814-1905 Da batalha de Waterloo à Exposição dos Fauves.
  • A Europa das Linhas Férreas Domínio das linhas férreas ligadas às indústrias.
  • O engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923) A ruptura do ferro proposta por Eiffel: o pragmatismo e o simbólico.
  • A Gare Espaço onde tudo afluía. Dela dependia agora a divulgação.
  • A 1.ª Exposição Universal (Londres, 1851) A apologia da máquina, do ferro e das novas tecnologias. Recuam os saberes tradicionais.
  • O indivíduo e a natureza A natureza é um refúgio privilegiado dos artistas.
  • Palácio da Pena, Sintra (1838-1868/1885) A arquitectura romântica e a sedução da Idade Média. Do restauro à reinvenção.
  • Italian family on ferry boat leaving Ellis Island (1905). Fotografia de Lewis Hine (1874-1940). A captação de sensações ópticas vai ser posteriormente utilizada pelo realismo e impressionismo.
  • Tristão e Isolda (1857 – 9) de Richard Wagner (1813 – 1883): “Prelúdio” (Acto 1) e “Morte de Isolda” (Acto 3, Cena 3). A obra de arte total: Palavras, Música, Dança (ou Gesto), Artes Plásticas, Encenação e Acção combinam-se ao mesmo nível, enquanto veículos para a expressão de uma ideia dramática única. Uma lenda medieval de relevância universal.
  • O Romantismo O passado enquanto refúgio. O Palácio da Pena em Sintra como expoente da arquitectura romântica. A sedução da Idade Média. Do restauro à reinvenção: a arquitectura revivalista.
  • A pintura romântica O triunfo da emoção. Da exaltação do eu à arte pela arte. A pintura como expoente dos valores românticos. As pátrias do romantismo: França, Alemanha e Inglaterra. A pintura romântica em Portugal.
  • O Realismo e o Impressionismo Um novo olhar sobre o real. O fascínio da fotografia. Da vida como tema (fazer verdadeiro), à captação das sensações ópticas. Paris, capital da arte. Da pintura realista à pintura impressionista. Para além do Impressionismo: o Neo-Impressionismo (divisionismo) e o Pós- Impressionismo. A escultura: Auguste Rodin. A pintura e a escultura em Portugal no século XIX.
  • A arte ao redor de 1900 Mundo novo, formas novas. A ruptura com o passado: a arquitectura do ferro e a Arte Nova. Arquitectura do ferro e Arte Nova em Portugal.

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MÓDULO 9:
A Cultura do Cinema

Apresentação

O cinema é perspectivado como nova arte, possibilitada pelo desenvolvimento técnico e científico e geradora de novos espaços sociais, mas também como nova dimensão, construtora de sonhos e de arquétipos de bem-estar. Por outro lado, o cinema apresenta-se como arma de denúncia social, num tempo ironicamente marcado por um clímax de insegurança e violência.

Objetivos de Aprendizagem

  • Relacionar o bem-estar de situação construído por Paula Rego com a afirmação de uma nova atitude de quotidiano;
  • Analisar as relações que se estabeleceram a vários níveis entre a Europa e a América, perspectivadas pelo cinema;
  • Compreender o indivíduo como interventor social: da realidade à ficção;
  • Analisar o tempo contraditório dos horrores da guerra e da procura do bem-estar físico e social;
  • Reconhecer o papel do cientista e do artista como ícones sociais;
  • Compreender a(s) arte(s) como denúncia e provocação.

Conteúdos

  • The Barn (1994), Paula Rego (1935-). Pintura no feminino e sobre o feminino adensado de fantasmas de masculinidade e de raízes sentidas nas formas fortes e nas cores soturnas, ainda que marcadas pelo girassol amarelo ou animadas pelo elemento animal. Animal, vaca, que se coloca no centro do olhar entre estruturas de cenografia de um estábulo, procurando uma aproximação ao real pelo irracional. As formas femininas, em plano frontal, expressam força física, impondo-se a um mundo que ainda as lê delicadas e impotentes.
  • 1905-1960Da Exposição dos Fauves à viragem dos anos 60.
  • Da Europa para a América Intensifica-se o diálogo entre a Europa e a América do Norte. Influências mútuas, culturais e científicas.
  • O Charlot (1917-1934) de Charles Spencer Chaplin (1889-1977) Charlot – importante ícone do cinema: o vagabundo que aspira à felicidade; a crítica social; a superioridade da mímica sobre a palavra.
  • O cinema O triunfo do sonho e do mito. Afirma-se uma nova linguagem.
  • A descoberta da penicilina de Alexander Fleming (1928) O recuo da morte. Mais tempo com qualidade: a procura de usufruir.
  • O homem psicanalisado O contributo de Sigmund Freud e da arte na procura do “eu”.
  • “Ultimatum futurista às gerações portuguesas do século XX” 1.ª Conferência Futurista de José de Almada Negreiros no Teatro República a 14 de Abril de 1917. In Portugal Futurista (1917), pp. 35-38.
  • Guernica (1937), Pablo Picasso (1881-1973) A proposta revolucionária dos Ballets Russes de Serge Diaghilev. A dança na vanguarda da modernidade. As novidades estéticas de Stéphane Mallarmé a Jean Cocteau.
  • A Guernica de Pablo Picasso como expoente da arte assumida como denúncia política.
  • Entre guerras: da arte degenerada à arte oficial dos regimes totalitários. Sob o signo da provocação: Fauvismo, Expressionismo e Dadaísmo. Os caminhos da abstracção formal: Cubismo, Futurismo e movimentos subsequentes.
  • A nova complexidade material. A arte abstracta como arte democrática: arte informal, abstracção geométrica e expressionismo abstracto.
  • A pulverização dos caminhos artísticos: Europa e Estados Unidos.
  • O regresso ao mundo visível: realismo figurativo, realismo crítico, assemblage e arte expressiva. O surrealismo.
  • Arte e função: a arquitectura e o design. As novas técnicas. As utopias arquitectónicas. O estilo internacional.
  • A arte portuguesa até aos anos 60: pintura, escultura e arquitectura.

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MÓDULO 10:
A Cultura do ESpaço Virtual

Apresentação

O Espaço Virtual, construção da revolução tecnológica, deve ser percepcionado como nova dimensão de (i)materialidade transversal, ponto de encontro de companhias e solidões e centro de consumo. Deve contextualizar-se num mundo feito de rupturas e, por conseguinte, também dependente de novas coesões.

Objetivos de Aprendizagem

  • Relacionar a representação do animal clonado com a emergência da cultura técnico-científica;
  • Reconhecer o processo da globalização e a influência da tecnologia no modo de agir, de pensar e de comunicar na sociedade actual;
  • Analisar a importância do “eu” e da autobiografia no modo específico de viver o presente;
  • Compreender o consumo como atributo urbano e ritual contemporâneo;
  • Avaliar o papel do programador informático na construção do mundo global;
  • Compreender a arte como acção.

Conteúdos

  • Three Tales (2002), Steve Reich (1936-) (Música). Beryl Korot (Vídeo). Nonesuch Records. Warner Group Company. 3.º conto: “Dolly”. Versão DVD. A obra Three Tales de Steve Reich representa um modelo comunicacional de fácil apreensão pelo ouvinte médio, ao adoptar:
    • - Uma linguagem musical próxima da música Pop/Rock, com a acessibilidade característica das obras dos minimalistas, de que Steve Reich é um dos principais representantes;
    • - A junção da componente vídeo à musical, num registo multimédia apelativo, entre a linguagem do video-clip e do documentário;
    • - A utilização de temáticas de conteúdo apreensível, didáctico e de carácter social e politicamente relevante para a caracterização da história do século XX (veja-se o caso da clonagem, no conto que recomendamos).
  • O mundo global O espaço virtual. Comunicação em linha. A aculturação.
  • Autobiografia A autobiografia pretende induzir os alunos a analisar o seu posicionamento perante o mundo em que vivem.
  • A Internet As telecomunicações vulgarizaram e popularizaram novas formas de divulgação, de recepção e de conhecimento.
  • A chegada do homem à Lua (1969) Conhecer outro espaço que não o terrestre: a ficção torna-se realidade. Novas utopias.
  • O consumo Consumir para ser.
  • Coca-Cola (1960), Andy Warhol Sacralização icónica de um objecto banal.
  • Pina Bausch, Café Müller (1978) Redução da dança às exigências dramáticas e expressivas, abandonando o movimento formal.
  • Daniel Libeskind (1946- ) World Trade Center. Memorial Foundations,(2003). Projecto do arquitecto Daniel Libeskind para a construção do Memorial ao atentado de 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque, um espaço "calmo, de meditação espiritual".
  • Coca-Cola de Andy Warhol, expoente da utilização da publicidade e da vida quotidiana como meio de expressão. A Pop Art, um movimento iconoclasta.
  • A materialização da vida nos movimentos, gestos e objectos do quotidiano: a Op Art e a arte cinética.
  • A Arte-Acontecimento: da action painting ao happening e à performance.
  • Pólos da criação contemporânea: a Minimal Art, a arte conceptual e o hiper-realismo.
  • Para além do funcionalismo: os caminhos da arquitectura contemporânea.
  • Vias de expressão da arte portuguesa contemporânea.

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